Eslovênia, povo de cultura milenar, assentado em área geográfica de grande importância estratégica há milênios, passagem obrigatória desde os tempos do Império Romano, quando a atual Ljubljana era uma base militar e se chamava Emona, era a passagem para Atenas e, analogamente, durante o Império Bizantino, passagem para Constantinopla, sua capital durante 11 séculos e até hoje, renomeada Istambul, cidade turca.

Um povo cercado por povos muito mais numerosos e poderosos, Lombardos ao sul, Húngaros a oeste e ao norte Germanos, que nos dominaram por nove séculos, termos com tudo isso, conservado a nossa identidade étnica e cultural, segundo estudo realizado pela Universidade de Goettingen, é um fenômeno que não tem explicação lógica.

Nos séculos 19 e 20 muitos eslovenos, premidos por questões econômicas e políticas, se espalharam pelo mundo, principalmente América do Norte e, em menor número, pela Austrália e América do Sul sendo nessa principal destino a Argentina (90%). Muito poucos, viemos para o Brasil.

Concluímos pois, que a cultura foi o elemento fundamental pelo qual os nossos antepassados preservaram a sua identidade por tantos séculos mesmo vivendo divididos em vários países, Itália, Áustria e Hungria.

Como parte das gerações que compõe a nação soberana e independente da República da Eslovênia, devemos ter consciência de quão grande é este privilégio e de quanto devemos aos nossos antepassados e à providencia divina e, quanto somos obrigados a transmitir aos nossos descendentes a herança recebida dos nossos ancestrais.

Texto redigido por Martin Crnugelj

Presidente União dos Eslovenos do Brasil